26 de dezembro de 2014

Butch Cassidy, (1969)



TRILHA ORIGINAL
OSCAR - Melhor Canção 
 Raindrops keep falling on my head
B. J. Thomas (Burt Bacharach)
Um dos momentos mais famosos e imortalizado de Butch Cassidy é a linda cena que Newman passeia de bicicleta com a personagem Etta, interpretada por Katherine Ross, ao som de “Raindrops keep falling on my head”, uma das mais belas e bem compostas canções para o cinema de todos os tempos.


Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid) -1969

Um filme feito para ganhar prêmios, mas que nem por isso deixa de ser uma história de amizade, criativa, engraçada e muito bem feita.

Butch Cassidy e Sundance Kid são dois amigos inseparáveis e dois bandidos foras-da-lei. Eles são os líderes da gangue Buraco na Parede, que vivem de assaltar trens e bancos. Depois de um assalto nem tão bem sucedido, a dupla é perseguida por todo o país por caçadores à cavalos, que misteriosamente, permanecem em seus encalços, mesmo depois de passarem por rios, desertos, montanhas, planícies. Cassidy e Kid resolvem partir para a Bolívia junto com a bela e namorada de Sundance, Etta a fim de uma trégua da perseguição, mas parece que suas vidas de foras-da-lei teimam em não serem deixadas para trás.


Butch Cassidy (“Butch Cassidy and the Sundance Kid”, 1969) tem um título nacional egoísta. Afinal de contas, tanto Cassidy quanto Kid são protagonistas do filme e deixar um nome fora do título seria puro egocentrismo. Os dois são importantes à trama na mesma proporção, sendo praticamente impossível destinguir qual deles seria o principal e qual seria o coadjuvante. O fato é, os dois merecem destaque igualmente, não só pelas suas ativas participações no filme, mas também pelas atuações de Paul Newman e Robert Redford, Cassidy e Kid, respectivamente. Os dois estão formidáveis como uma das duplas de bandidos foras-da-lei mais carismáticas do cinema, ocupando a 20ª posição entre os maiores heróis da história da indústria cinematográfica. Mais uma vez, não se sabe qual dos dois se sobressai ao outro, não poderíamos afirmar com certeza, afinal de contas os dois são grandes e exceletes atores e suas interpretações no filme estão bem acima da média. Portanto não como há definir qual dos dois atores está melhor em cena, pelo menos eu não vejo essa possibilidade. 


Tanto Newman quanto Redford estão ótimos e desempenham seus papéis como dois mestres do cinema. Os papeis dos bandidos já teriam o nome de Newman como primeira escolha do elenco, embora ainda não tivessem escolhido qual papel ele faria, o de Cassidy ou de Kid. A outra parte do elenco ainda estava vaga e um dos papeis fora oferecido primeiramente a Steve McQueen, que desistiu do filme depois de uma discussão sobre qual nome, o de Newman ou dele apareceria primeiro nos créditos. O papel depois fora oferecido a Warren Beatty, que recusou-o para atuar em ‘Jogo de Paixões’. Depois de Beatty, o papel ficou quase a cargo de Jack Lemmon, Marlon Brando e Dustin Hoffman, que recusaram por diversos motivos. O nome de Redford apareceu somente depois, e o papel escolhido para ele seria o de Buth Cassidy, sendo que Newman ficaria com o de Sundance Kid. Porém, o próprio Redford sugeriu ao diretor George Roy Hill que ele e Paul trocassem de personagens. A sugestão fora aceita inclusive por Newman e as filmagens finalmente começaram. Apesar de algumas críticas, julgando o filme negativamente, ‘Butch Cassidy and the Sundance Kid’ foi um sucesso tremendo arrecadando 102 milhões de dólares só no território norte-americano e foi uma das maiores bilheterias dos anos 60, além de estar na 73ª posição de melhor filme de todos os tempos segundo o American Film Institute.


Butch Cassidy é um primor de beleza também. Uma das fotografias mais belas e bem elaborados daquela década está presente no filme de Roy Hill. Usando sempre um tom mais nebuloso, com a luz do luar pairando em todas as noites do filme, os belos dias de sol com uma iluminação matutina esplendorosa, algumas passagens em um preto e branco envelhecidos com a luz exterior em contraste com a escuridão interior, todas as cenas do filme é possível admirar a competência estonteante do diretor de fotografia Conrad L. Hall. 

Os figurinos, apesar de não serem ao tudo originais, são muito bons e a detalhada direção de arte relembra o espectador de estarmos vendo um filme cuja história se passa no início do século 20.

Um dos momentos mais famosos e imortalizado de Butch Cassidy é a linda cena que Newman passeia de bicicleta com a personagem Etta, interpretada por Katherine Ross, ao som de “Raindrops keep falling on my head”, uma das mais belas e bem compostas canções para o cinema de todos os tempos. Essa cena é, sem sombra de dúvida, a mais marcante e inesquecível do filme, assim como quando Cassidy cai com a bicicleta. Em toda aquela parte, Newman não usa dublês, sendo que ele faz inúmeras acrobacias curiosas e muito corajosas, somente na hora da queda, o auxílio de dublês fora requisitada.


Uma ótima sequência de cenas, que vão desde o assalto mal sucedido por conta das dinamites até a Bolívia provavelmente são as mais belas e as mais interessantes. A perseguição, para resumir, é um dos melhores momentos do filme e mesmo sem ser pretencioso, o roteiro de William Goldman provoca mistério em saber quem são os caras que perseguem os dois bandidos tão bravamente, e como conseguem segui-los aonde quer que vão, mesmo com os dois protagonistam pregando peças e tentando despistá-los a todo o custo.

Butch Cassidy é bom justamente por ter tantas cenas, que apesar de simples, conseguem prender a atenção do espectador. Esse talvez seja o maior trunfo do roteiro de Goldman, que mereceu muito a vitória no Oscar. As cenas na Bolívia, que na verdade foram gravadas no México, são excelentes também. Até mesmo no final, onde os dois protagonistas encontram-se em uma situação crítica, o bom-humor, a irreverência dos dois personagens é impossível passar despercebida. Os dois, apesar de tudo, são grandes amigos, e a amizade deles, é um dos pontos mais fortes do roteiro e do filme como um todo.


Na deixa e aguardando ansioso para a continuação, o espectador que aprecia um bom filme de faroeste vai gostar ainda mais desse, pois tem pitadas de vários gêneros, desde o drama, até ótimas cenas de ação e excelentes passagens cômicas. É sem dúvida, um grande filme, que deve ser conferido, especialmente se você é chegado a personagens carismáticos e simpáticos, que mesmo sem esforço, farão de tudo para te conquistar.

“‘Butch Cassidy’ me colocou em outro patamar artístico. Era famoso, tinha feito ‘Descalços no Parque’. Mas esse foi o filme que mudou a minha vida.” — Robert Redford
“Acho ‘Butch Cassidy’ um bom filme, Deu muito trabalho para fazer e foi de fato muito divertido. Se o público não tivesse gostado, simplismente ficaria louco.” — George Roy Hill



CURIOSIDADES
• O personagem “Sundance Kid” foi primeiramente oferecido (e aceito) ao ator Steve McQueen. Porém, como tanto McQueen quanto Newman estavam no auge de suas carreiras, surgiu o problema de qual nome apareceria primeiro nos créditos do filme, tendo sido proposto que os nomes dos dois aparecessem antes do título do filme, o que daria uma idéia de igualdade. Newman concordou com a idéia, mas McQueen desconfiou que a proposta fosse na verdade um truque, e resolveu desistir do filme e o personagem acabou com Robert Redford.

• Paul Newman só usou dublê na famosa cena da bicicleta, na hora em que o personagem cai contra a cerca.

• A canção do filme, Raindrops Keep Fallin`on My Head, levou o Oscar de melhor música, e a trilha sonora do famoso Burt Bacharach ganhou outro Oscar.

• A produção queria que Bob Dylan cantasse a famosa canção de Burt Bacharach, mas ele não aceitou o convite.

• Ao ver a cena em que Newman experimenta uma bicicleta, Redford não teria gostado, sugerindo que a mesma fosse cortada do filme. A cena, com a música de Burt Bacharach, acabou se tornando uma das mais famosas do cinema.

• As cenas da Bolívia tiveram como cenário o México.

• A irmã do verdadeiro Butch Cassidy acompanhou grande parte da filmagem.

• O bando de Butch, no filme, é chamado de Hole in The Wall (Buraco na Parede), mas o nome verdadeiro era Wild Bunch. A mudança ocorreu em razão de um filme com esse nome (Meu Ódio Será Tua Herança, no Brasil).

• O trio verdadeiro foi para Buenos Aires/ Argentina. Não se sabe ao certo como morreram os dois marginais, mas se tem certeza de que Etta voltou aos EUA.

• Robert Redford por sua interpretação, foi considerado melhor ator do ano pela Academia Britânica, e o nome de seu personagem, “Sundance”, ficou de tal forma identificado com ele e que se tornou sua marca registrada. 

• O sucesso de Butch Cassidy foi tanto, que permitiu a esses dois atores a expandir suas áreas de ação e começar a produzir seus próprios filmes. Três anos mais tarde, o trio Hill, Newman e Redford fez outro grande sucesso, Golpe de Mestre, que valeu a Robert Redford uma indicação ao Oscar de melhor ator. 

Em 1980, Redford estreou com o pé direito na direção com o filme Gente como a Gente que rendeu Oscar de Melhor Filme, Diretor, Roteiro e Ator Coadjuvante para Timothy Hutton.


TRAILER


CENAS MEMORÁVEIS
A demonstração que Sundance faz para mostrar como maneja bem a arma, depois de ser chamado de ladrão, num jogo de cartas.

O modo como Butch desarma Kid Curry, quando esse tenta ganhar a chefia do grupo.

O passeio de bicicleta feito por Etta e Butch – a cena mais famosa do filme- ao som de Raindrops Keep Fallin`on My Head.

A cena em que Sundance Kid exige que a professora Etta tire a roupa sob a mira de um revólver. Só depois o espectador descobre que eles já se conheciam.

A chuva de dinheiro, após a explosão do cofre.

O pulo e a descida pela cachoeira dos dois protagonistas em fuga.

A tentativa de assaltar falando espanhol.

A cena em que os perseguidores descem da locomotiva, até então escondidos, com cavalo e tudo.

O cenário mostrado no filme.

A imagem congelada da dupla, no final do filme, correndo para enfrentar o exército boliviano, num tiroteio.



CARTAZES DO FILME 







Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid) -1969

SINOPSE
Dois amigos inseparáveis, Butch Cassidy (Paul Newman) e Sundance Kid (Robert Redford), lideram o Bando do Buraco na Parede e vivem de assaltar trens e bancos. Quando são caçados por todo o país resolvem ir para a Bolívia e juntamente com Etta (Katharine Ross), a namorada de Sundance, rumam para a América do Sul. Mas esta decisão não lhes proporcionará grandes assaltos ou uma vida mais tranquila.


ELENCO E FICHA TÉCNICA 
Elenco: Paul Newman, Robert Redford, 
Katharine Ross, Strother Martin, Cloris Leachman.
 Título no Brasil: Butch Cassidy 
Título original: Butch Cassidy and 
the Sundance Kid 
Direção: George Roy Hill
Produção: John Foreman
Roteiro:  William Goldman
Fotografia: Conrad L. Hall
Edição: John C. Howard, Richard C. Meyer
País e Ano: EUA - 1969
Gênero: Biografia, Romance, Faroeste 


PRÊMIOS E INDICAÇÕES

OSCAR 1970
Ganhou
Melhor Roteiro Original
Melhor Fotografia
Melhor Trilha Sonora
Melhor Canção Original - "Raindrops Keep Fallin' on My Way"

Indicações
Melhor Filme
Melhor Diretor - George Roy Hill
Melhor Som

GLOBO DE OURO 1970
Ganhou
Melhor Trilha Sonora

Indicações
Melhor Filme - Drama
Melhor Canção Original - "Raindrops Keep Fallin' on My Way"
Melhor Roteiro

BAFTA 1970
Ganhou
Melhor Filme
Melhor Diretor - George Roy Hill
Melhor Ator - Robert Redford
Melhor Atriz - Katharine Ross
Melhor Trilha Sonora
Melhor Roteiro
Melhor Edição

Indicação
Melhor Ator - Paul Newman

GRAMMY 1970
Ganhou
Melhor Trilha Sonora - Cinema/TV






23 de dezembro de 2014

Blade Runner - O Caçador de Andróides, (1982)





TRILHA ORIGINAL
Love Theme (Vangelis)

O tema composto para o casal é uma das mais lindas e inebriantes músicas de amor compostas para cinema, com uma delicada melodia feita no saxofone – O sax da canção faz um bom contraponto com o resto de toda a trilha do filme, que tem bases predominantemente eletrônicas.




Blade Runner – O Caçador de Andróides (Blade Runner), 1982  

A pós-modernidade chega às telas
Em 1982, ano em que Blade Runner foi lançado em nossos cinemas, eu estava tão envolvido com o estudo do sexo oposto que nem tomei conhecimento do filme. Com 12 anos de idade, Sessão da Tarde, filmes de terror e revistas de sacanagem me interessavam muito mais que qualquer estética cinematográfica revolucionária. Então, só muitos anos depois, numa reapresentação, é que fui, já na condição de cinéfilo, assistir a Caçador de Andróides na telona. E o que senti naquela poltrona do velho cinema é indescritível.


Daryl Hannah

A primeira cena do filme já é acachapante: uma torre cuspindo fogo no céu escuro de uma cidade fria, caótica e futurista, com a bela, forte e perturbadora música de Vangelis ao fundo. Ao fundo nada: a música do grego Vangelis, que está em todo o filme, aparece muitas vezes em “primeiro plano”, transcendendo à cena em si. A cidade de Los Angeles do futuro, com seus prédios piramidais, seus veículos voadores, feita em maquetes, soa mais real que estas animações feitas com uso de computação gráfica de hoje em dia – uma maquete é tridimensional naturalmente e sua presença física é um fato, diferentemente de alguns efeitos cansativos de computador, que quase nunca conseguem um realismo convincente.




Falar da estética de Blade Runner – Caçador de Andróides é pôr lenha em um tema que serve a várias teses, dado o tamanho da riqueza visual e sonora exposta naquele trabalho. Contudo, som e imagem é pouco. Tudo em Blade Runner serve como material de estudo. O filme propõe um estudo sobre a contraluz na fotografia de cinema. Se quisermos uma síntese do cinema noir, ali está. Se quisermos um estudo sobre a presença do anti-herói no cinema; se o caso for estudar a possibilidade do estabelecimento do caos nas sociedades do futuro; ou a revolução das máquinas – como só no primeiro Matrix se fez algo de bom nível – ; se o assunto for a própria pós-modernidade; se pretende-se fazer um estudo sobre a morte e a imortalidade, o que, pra mim, são os temas centrais do filme...   Enfim, Blade Runner é um “filme-estudo”.


Rutger Hauer

O autor da estória de Caçador de Andróides é o falecido escritor Phillip K. Dick, criador também das narrativas filmadas em Total Recall, de Paul Verhoeven, e em Minority Report, de Steven Spielberg. Mas o pioneiro em filmar Phillip Dick foi mesmo o irregular cineasta Ridley Scott, que tem em seu currículo um outro marco da ficção-científica, que é Alien, o Oitavo Passageiro, além do mega-sucesso Gladiador. Contudo, é indiscutível que o ponto alto de Ridley Scott foi mesmo Blade Runner. Foi naquele momento que o criativo, produtivo e injustiçado autor de ficção-científica, Dick, foi revelado ao mundo em sua primeira e mais contundente adaptação para o cinema, através da lente caótica de Scott.




A trama de Blade Runner não é complexa, ao contrário do que alguns pensaram. Um “caçador de andróides” é contratado para encontrar e exterminar um grupo de replicantes (como são chamados os andróides do filme) que fugiram de uma colônia, numa rebelião. Em sua caçada, ele, o detetive Deckard – vivido por Harison Ford –, faz uma imersão na L.A. abandonada, úmida e marginal do futuro. Num futuro em que só as classes menos favorecidas habitam a Terra. As pessoas com poder aquisitivo iriam morar em marte. No percurso, apaixona-se pela replicante Rachel (Sean Young). O tema composto para o casal é uma das mais lindas e inebriantes músicas de amor compostas para cinema, com uma delicada melodia feita no saxofon. O sax da canção faz um bom contraponto com o resto de toda a trilha do filme, que tem bases predominantemente eletrônicas. Aliás, o contraste é a tônica de toda a obra. O contraste relativizando bem e mal é um exemplo disso: os vilões do filme – no caso os andróides – parecem mais humanos que as pessoas de verdade.


Harrison Ford

Estava em Blade Runner a materialização da chegada da pós-modernidade ao cinema americano, onde – ao contrário do que se propunha com aquela “Era Reagan”, com os seus “Rambos” – o maniqueísmo foi descartado sem receios, primando-se o questionamento.



CARTAZES DO FILME 
CRÉDITO


CURIOSIDADES

Sendo inicialmente mal recebido nas salas de cinema, cedo se tornou claro que a partir do filme é possível obter múltiplas leituras filosóficas ou religiosas sobre temas recorrentes: quem somos? de onde viemos? para onde vamos? o que nos torna humanos? Esta atração, bem como o impacto visual de uma atmosfera cyberpunk tipo filme noir, associada à música de Vangelis, cedo fizeram de Blade Runner um filme cult, tendo sido um dos primeiros a serem editados em DVD.

Em julho de 2000, Ridley Scott declarou, em entrevista à televisão britânica, que o personagem Deckard também era um replicante.

O filme teve problemas com os produtores, que teriam alterado a edição final e obrigado Harrison Ford a fazer uma narração de última hora para melhor explicar o enredo, considerado muito complicado para o público.

Anos depois, o diretor Scott relançaria o filme com a sua versão, a chamada "versão do diretor", esta versão tem novas cenas, que foram cortadas, e retira a narração incluída na primeira versão.

O cenário do Hades que abre o filme foi filmado utilizando a técnica de perspectiva forçada. A maquete que reproduzia o Hades tinha menos de 10m de profundidade por 15m de largura. Cerca de 10km de fibra óptica e mais de 2000 microlâmpadas foram utilizadas para iluminá-lo para as cenas aéreas.

Toda uma metrópole miniaturizada, criada em perspectiva - A perspectiva da cidade, que aparece logo de início, foi filmada utilizando a mesma técnica que a ILM de George Lucas usou para filmar as sequências na superfície da Estrela da Morte em Star Wars. Pura magia!; 

O diretor de fotografia Jordan Cronenweth trabalhou durante toda a filmagem já sofrendo de um estado avançado de Parkinson. Os atrasos e atritos durante a produção foram tão desgastantes que ele terminou as filmagens em uma cadeira de rodas.

Harrison Ford e Sean Young, um amor improvável - Na cena em que Rachel é empurrada por Deckard, a cara que ela fez de dor, é real. Sean Young disse que Harrison Ford a empurrou forte demais e ficou na bronca com ele. O set de filmagem de Blade Runner não foi um dos mais amigáveis; 

Blade Runner concorreu a dois Oscar, os quais foram perdidos para "Gandhi " (o de direção de arte) e " ET - O Extraterrestre" (o de efeitos visuais).

A replicante Zhora, que é interpretada pela atriz Joanna Cassidy, estava bem a vontade com a cobra, pois esta era sua própria cobra de estimação, uma piton chamada de Darling. 



Blade Runner – O Caçador de Andróides (Blade Runner), 1982 
SINOPSE
No início do século XXI, uma grande corporação desenvolve um robô que é mais forte e ágil que o ser humano e se equiparando em inteligência. São conhecidos como replicantes e utilizados como escravos na colonização e exploração de outros planetas. Mas, quando um grupo dos robôs mais evoluídos provoca um motim, em uma colônia fora da Terra, este incidente faz os replicantes serem considerados ilegais na Terra, sob pena de morte. A partir de então, policiais de um esquadrão de elite, conhecidos como Blade Runner, têm ordem de atirar para matar em replicantes encontrados na Terra, mas tal ato não é chamado de execução e sim de remoção. Até que, em novembro de 2019, em Los Angeles, quando cinco replicantes chegam à Terra, um ex-Blade Runner (Harrison Ford) é encarregado de caçá-los. 

ELENCO E FICHA TÉCNICA 
Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, 
Sean Young, Daryl Hannah, 
M. Emmet Walsh, William Sanderson, 
Brion James, Edward James Olmos, 
Joanna Cassidy, James Hong. 
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Hampton Francher e David Webb Peoples
Gênero: Ficção/Fantasia/Suspense 
Fotografia: Jordan Cronenweth 
Direção de Arte: David L. Snyder
Música: Vangelis
País de Origem e Ano: EUA - 1982





15 de dezembro de 2014

Os Pássaros, (1963)





OS PÁSSAROS (THE BIRDS) -1963

Há muitas obras de Alfred Hitchcock que comprovam o talento inegável do cineasta inglês, mas Os Pássaros (1963) é a que, provavelmente, mais ateste sua alcunha de “mestre do suspense”. Lançado três anos após o unânime sucesso Psicose (considerado por muitos a sua obra-prima), Os Pássaros é uma espécie de cartão de visita para os que querem conhecer o trabalho do diretor, se revelando um filme que vai muito alem do tradicional suspense.


Estrelada por Tippi Hedren e Rod Taylor, a trama de Os Pássaros é, relativamente, simples. Uma jovem rica vai até a pequena e isolada cidade de Bodega Bay, na Califórnia, a procura de um rapaz por quem se interessara em São Francisco. Ao chegar à pacata região, ela não apenas se aproxima do homem e sua família, mas presencia também um fato bastante incomum: pássaros das mais variadas espécies começam a atacar a população, causando pânico nos moradores locais.


Para o espectador que lê uma sinopse superficial como esta, é possível que Os Pássaros se aproxime muito mais de um “terror” do que necessariamente um “suspense”. Obviamente, esses dois gêneros são bastante próximos, mas não são iguais. Definitivamente, Os Pássarosé um filme que não “assusta”, no sentido próprio da palavra – mas incomoda, causa desconforto, agonia e faz com que o público se contorça na cadeira com suas sequências aterrorizantes de perseguição e ataque. Isso só é possível por conta do ótimo roteiro de Daphne Du Maurier e Evan Hunter, que mantém um equilíbrio ao oscilar cenas de ação com períodos mais calmos (mas não menos estimulantes, como os diálogos que ajudam a construir a história e estender o pânico causado nas sequências de histeria).


Do ponto de vista técnico, Os Pássaros é ainda mais surpreendente – afinal, como levar às telas de cinema, no início da década de 60, a história de uma cidade atacada por pássaros ferozes? Há inúmeros boatos que envolvem esta produção – mas sabe-se que Hitchcock teria contratado uma equipe especial para treinar as aves para o ataque (inclusive, Hitchcock, devido a problemas com a protagonista, não teria dito o tradicional “Corta!” durante a gravação de uma cena em que a personagem de Tippi é atacada pelos animais – o que teria custado à moça alguns dias no hospital). Em muitos momentos, as aves eram filmadas (em alguns deles, réplicas foram utilizadas, inevitavelmente) e as imagens eram sobrepostas a outras películas, criando três camadas na tela. Em uma cena, por exemplo, Tippi está dentro de uma cabine telefônica (1ª camada), enquanto pássaros sobrevoam o local (2ª camada) em plena luz do dia (3ª camada) – na verdade, foi usada uma pintura a óleo para tal paisagem. Essas três camadas sobrepostas, em tela, ficam tão bem sincronizadas que o espectador quase chega a acreditar que o cenário é totalmente real. Mais um ótimo aspecto técnico a ser mencionado é a maquiagem utilizada, que para a época era de uma realidade fora do comum. Conta-se que Tippi até mesmo teria vomitado ao se olhar no espelho quando maquiada para uma cena em que era atacada tamanha a qualidade da técnica (nem mencionei o homem que é morto pelas criaturas ferozes e tem os olhos arrancados da cabeça – algo que impressiona em um filme da década de 60).


Outro ponto que merece um destaque especial é a total ausência de trilha sonora. Se emPsicose a música de Bernard Hermann é essencial para criar todo o clima de terror da trama, em Os Pássaros o silêncio musical predomina. Ou melhor, ele é crucial para as sequências de ataque. A edição e mixagem de som é uma das mais primorosas experiências já vista no cinema, transmitindo toda a tensão indispensável à história. Os gorjeios dos animais e seus bicos em contato com a madeira causam uma aflição pungente em quem assiste. Não há músicas nos créditos iniciais ou finais, somente ruídos dos pássaros enquanto a narrativa se desenrola. Em compensação, o suspense não diminui: cada cena, por si, é importante para o bom desenvolvimento da história e seus personagens – interpretados de forma competente por um elenco sem grandes notoriedades. Os Pássaros também foi um dos primeiros filmes a abandonar o clássico “the end” ao final de sua exibição: aqui, a imagem simplesmente esmaece enquanto nossos personagens saem da cidade (o que deixa uma sensação de “o que virá depois?” que nunca vem e faz com que o suspense aumente).


Mas se engana quem assiste a este clássico apenas como um suspense comum. Ao longo de suas duas horas, Os Pássaros é um filme com certo teor “apocalíptico”, que concentra seu foco não em explicar a origem dos eventos, mas simplesmente no caos. Sim, Os Pássaros é caos puro – e este estado é imprescindível para que Hitchcock possa alcançar o que tanto deseja: criticar o homem e seu convívio com as demais espécies. As aves aparentemente não tem nenhum motivo para atacar quem quer que seja, assim como os homens – mas elas o fazem. Alguns personagens, em certo momento, acreditam que seja algum tipo de “vingança”, mas Hitchcock não perde seu tempo levantando teorias a respeito. Com uma técnica impressionante para o ano em que foi lançado, Os Pássaros talvez hoje possa não causar um impacto tão forte como na época. Em uma Hollywood que aposta cada vez mais alto em efeitos especiais mirabolantes, talvez tampouco seria tão assustador se refilmado com uma tecnologia mais atual. O brilhantismo desta obra está em sua simplicidade, criatividade e, principalmente, na forma genial como Hitchcock consegue contar sua história explorando o medo humano e sua fragilidade diante do caos.








CURIOSIDADES

- Hitchcock viu pela primeira vez Tippi Hedren num filme publicitário sobre uma bebida dietética. Nesse filme Tippi volta-se sedutoramente ao ouvir um assobio, situação recriada por Hitch (como uma private joke) logo no início do filme, imediatamente antes da sua clássica aparição, ao sair da loja de pássaros com dois cães terriers – companheiros inseparáveis do realizador duranta a rodagem do filme. 

- O carro que Tippi Hedren conduz é um Aston Martin DB2/4 Coupé. 

- A sequência do ataque dos pássaros no sótão da casa levou uma semana a ser rodada e originou o internamente de Tippi Hedren numa unidade hospitalar devido a um esgotamento da actriz. 

- “The Birds” não acaba com o então habitual “The End” porque Hitchcock queria deixar no ar a ideia de que a ameaça dos pássaros não acabava com o final do filme. 

- Melanie Griffith, filha de Tippi Hedren, encontrava-se quase sempre presente durante a rodagem do filme. Um dia Hitchcock ofereceu-lhe uma boneca que era uma réplica perfeita da mãe, dentro de uma caixa de madeira, que a garota julgou tratar-se de um pequeno caixão. 

- Segundo Hitchcock o filme contém 371 efeitos especiais, 32 dos quais foram usados na sequência final. 

- A escola usada no filme é a Potter Schoolhouse, que esteve activa entre 1873 e 1961, ou seja, já se encontrava encerrada quando o filme foi rodado. Hoje o edifício é uma residência privada. 

- Em todos os planos onde se vêm aglomerações de pássaros, grande parte deles não são verdadeiros. Veronica Cartwright lembra-se de ter questionado Hitchcock na altura se os espectadores não iriam notar a imobilidade desses bonecos. O velho mestre respondeu-lhe lapidarmente: «o Cinema é ilusão, minha querida. Basta verem alguns deles mexerem-se para acreditarem que todos os outros estão vivos também». 

- Quando o filme foi rodado, a estação de serviço frente ao restaurante Tides não existia, pelo que teve de ser implantada para se filmar a sequência do incêndio. Mais tarde, e dado o grande sucesso do filme, uma nova estação de serviço foi construída no local, a qual se mantém até aos dias de hoje.



OS PÁSSAROS (THE BIRDS) -1963
SINOPSE

Melanie Daniels (Tippi Hedren) é uma bela e rica socialite que sempre vai atrás do que quer. Um dia ela conhece o advogado Mitch Brenner (Rod Taylor) em um pet shop e fica interessada nele. Após o encontro ela decide procurá-lo em sua cidade. Ela dirige por uma hora até a pacata cidade de Bodega Bay, na Califórnia, onde Mitch costuma passar os finais de semana. Entretanto, Melaine só não sabia que iria vivenciar algo assustador: milhares de pássaros se instalaram na localidade e começam a atacar as pessoas. 




CENA DO FILME 
(Ataque na cabine telefônica)




ELENCO E FICHA TÉCNICA 

Elenco: Rod Taylor, Tippi Hedren,
Suzanne Pleshette, Jessica Tandy,
Veronica Cartwright
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Evan Hunter, Daphne Du Maurier (história)
Produção: Alfred Hitchcock (não creditado)
Nacionalidade e Ano: EUA - 1963 
Gênero: Suspense, Terror
Fotografia: Robert Burks

13 de dezembro de 2014

Três Homens em Conflito / O Bom, O Mau e O Feio, (1966)





TRILHA ORIGINAL
The Good, the Bad and the Ugly (Ennio Morricone)
Ouçamos ainda Leone sobre a utilização da música de Morricone: "Também desejava que a música raiasse o barroco, que não se limitasse à repetição entrecruzada do tema de cada personagem. Por vezes fazia tocar a música no local das filmagens. Isso criava a atmosfera da cena, influenciando a representação dos actores. Clint Eastwood gostava muito deste método."



Três Homens em Conflito (The Good, the Bad and the Ugly) 1966

Na arena implantada no centro de um cemitério, Clint Eastwood, Lee Van Cleef e Eli Wallach afastam-se lentamente para a periferia do círculo. É o início do trielo final de “Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo”, o momento crucial das grandes decisões, o apogeu do estilo de Leone. Progressivamente a câmara vai-nos dando planos dos três homens enquanto a música de Morricone confere às imagens um sentido coreográfico. Os sucessivos close-ups vão perscrutando tudo, até aos mais ínfimos pormenores: o levantar de uma sobrancelha, o piscar de um olho, o retrair de um dedo, a passagem de uma língua por uns lábios secos. A teatralização da realização passa por uma descrição fetichista das posturas e um alongamento temporal da situação até ao seu rápido desenlace. 

Clint Eastwood
Sergio Leone, para infelicidade de todos os seus fans, apenas assinou a realização de 7 filmes na sua meteórica carreira. Mas esses sete magníficos ficarão para sempre com um lugar cativo na história do Cinema. Este “Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo” é o quarto, o do meio da balança, e o capítulo final daquela que ficou conhecida como a trilogia dos dólares (“Per Un Pugno Di Dollari / Por Um Punhado de Dólares” em 1964 e “Per Qualche Dollari in Più / Por Mais Alguns Dólares” em 1965, foram os dois primeiros). O êxito europeu desses primeiros filmes desperta o interesse de Hollywood e a United Artists resolve financiar Leone com um orçamento de mais de um milhão de dólares, antecipando já a estreia conjunta dos três filmes nos Estados Unidos (o que viria a acontecer entre Fevereiro de 67 e Janeiro de 68). Muito ao estilo americano o herói dos três filmes é batizado de “The Man With No Name” (certamente por causa da campa sem nome no final do último filme), mas sobretudo é o nome de Clint Eastwood que é projetado para o estrelato. Foi o primeiro personagem que no imaginário coletivo se tornou sinonimo do ator norte-americano. O segundo viria alguns anos depois, em 1971, quando Don Siegel deu vida pela primeira vez ao inspector Harry Callahan.

Lee Van Cleef 

Muito provavelmente pelo desafogo econômico que Hollywood lhe concedeu Leone, para além de se preocupar em manter a continuidade do estilo patenteado nos dois filmes anteriores, tenta inovar e aperfeiçoar esse mesmo estilo. A ambição é agora muito maior e ganha forma no cruzamento entre duas histórias (a dos três protagonistas e a da Guerra da Secessão) que, aos poucos, se irão unir, antes de se fundirem na sequência final do cemitério. Ao fim e ao cabo é a própria Guerra da Secessão que Leone utiliza para aprimorar as suas personagens, ao mesmo tempo que denuncia o cinismo absurdo dos senhores da guerra que, de olhos cravados em cartas militares, enviam milhares de homens para a frente de batalha.

Leone mantém com a guerra uma relação contrária à que tem com o western. Glorifica os personagens deste seu gênero predileto mas desmistifica o heroísmo guerreiro. O capitão nortista (Aldo Giuffrè), responsável por manter uma posição inútil explica a Tuco e a Blondie o que deve fazer um bom estratega, mostrando por que motivo a garrafa de whisky é a melhor arma do soldado.

Eli Wallach

Desde muito cedo que o cemitério de Sad Hill se equaciona como o final da jornada para os três homens. Mas entre o momento em que descobrimos que o espólio está lá enterrado e o momento em que, finalmente, lá chegamos, o significado do cemitério foi alterado no nosso pensamento. O filme encarregou-se de nos lembrar que, num cemitério, há mais cadáveres de soldados mortos do que tesouros enterrados. «A ideia de arena era central», explica Leone: «uma ideia mórbida já que eram os mortos que viam o espetáculo. Fiz mesmo questão de que a música fizesse lembrar o riso dos cadáveres, no interior dos túmulos»

E Leone conclui: «Mesmo antes da sequência da arena imaginei a cena onde Clint encontra o poncho perto do jovem sulista em agonia. E fiz com que o vestisse. É o mesmo poncho que traz nos dois primeiros filmes. Posteriormente, quando liberta Tuco, afasta-se com este poncho. Vai ao encontro das aventuras anteriores. Vai para o Sul, para viver as histórias dos outros filmes. E o círculo fecha-se. A trilogia funciona num círculo fechado»


Ouçamos ainda Leone sobre a utilização da música de Morricone em “Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo”: «A música tinha uma importância permanente nesse filme. Podia ser o próprio elemento de uma ação. É o caso da sequência do campo de concentração. Uma orquestra de prisioneiros que tem de tocar para abafar os gritos dos torturados. Por vezes tinha de acompanhar as quebras de ritmo, como a chegada da carroça-fantasma, no deserto. Também desejava que a música raiasse o barroco, que não se limitasse à repetição entrecruzada do tema de cada personagem. Por vezes fazia tocar a música no local das filmagens. Isso criava a atmosfera da cena, influenciando a representação dos actores. Clint Eastwood gostava muito deste método.» Uma vez mais os gênios de Leone e Morricone se misturaram, ao ponto de não conseguirmos dizer onde acaba a música e começa o filme e vice-versa. O tema principal evoca de imediato o nome do filme, mesmo a quem nunca o tenha visto. A cena em que Tuco corre à volta do cemitério ao som de “Ecstacy of Gold” é pura poesia. E o duelo final, a seis mãos, é orquestrado de modo sublime.


É com “Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo” e “C’era Una Volta Il West”, realizado dois anos depois, que a reputação de Leone atravessa todas as fronteiras, afirmando-o como uma lenda cinematográfica. Nestas duas obras reescrevem-se as regras do western, a sua mitologia e todos os seus códigos são reavaliados. E ao mesmo tempo reconciliam o grande público com o cinema de autor. Lembre-se a propósito o que escreveu o jornalista Baptista-Bastos: «A grande aventura cultural de Sergio Leone não surge, isoladamente, da perspectiva histórica: nela se insere e fortalece. Não há “cinema-Spaghetti”, como não há “cinema-sardinha assada”. Há expressões culturais que se definem pela sua grandeza, pela sua audácia e pelo impulso que dão a outras relações humanas, portanto política, portanto sociais. Leone pertence a essa história. À nossa história»



TRILHA ORIGINAL2
The Ecstasy Of Gold (Ennio Morricone)
Uma vez mais os gênios de Leone e Morricone se misturaram, ao ponto de não conseguirmos dizer onde acaba a música e começa o filme e vice-versa. O tema principal evoca de imediato o nome do filme, mesmo a quem nunca o tenha visto. A cena em que Tuco corre à volta do cemitério ao som de “Ecstacy of Gold” é pura poesia. E o duelo final, a seis mãos, é orquestrado de modo sublime.

The Ecstasy Of Gold 
Susanna Rigacci com Ennio Morricone e Orquestra




CURIOSIDADES

- O filme foi rodado na Itália e Espanha e tirando os atores principais ninguém mais falava inglês, os restantes intervenientes expremiam-se nas línguas de origem (italiano ou espanhol), tendo por isso mesmo sido todos dobrados para a versão inglesa.

- O poncho que Clint Eastwood usa nos três filmes é o mesmo, nunca tendo sido limpo

- Toda a sequência da escolha da arma por Tuco é completamente improvisada. Por não perceber nada de armas Eli Wallach foi autorizado a fazer o que muito bem entendesse.

- É considerado pela crítica e pelos fãs como um dos melhores westerns de toda a história do cinema.


- No filme Eastwood também contou com a sorte. Em seguida à explosão da ponte, quando os atores estavam abarricados, uma rocha chocou-se com violência contra um saco de areia muito próximo de Eastwood. Talvez daí Werner Herzog tirou a ideia de que para um filme ser bom alguém tem que quase morrer.

- Três Homens em Conflito é o último filme da trilogia que Clint Eastwood fez com o diretor Sergio Leone. Os demais filmes foram Por um Punhado de Dólares (1964) e Por uns Dólares a Mais (1965).


CARTAZES DO FILME 







Três Homens em Conflito (The Good, the Bad and the Ugly) 1966

SINOPSE
O lendário astro Clint Eastwood o Homem Sem Nome nesta aventura do faroeste que possui intensa ação e interpretações de primeira. Durante o auge da Guerra Civil, um misterioso pistoleiro (Eastwood) vaga pela fronteira do oeste. Ele não possui um lar, lealdade ou companhia... Até que encontra dois estrangeiros (Eli Wallach e Lee Van Cleef), que são tão brutos e desapegados quanto ele. Unidos pelo destino, os três homens juntam suas forças para tentar encontrar uma fortuna em ouro roubado. Mas trabalho em equipe não é uma coisa natural para voluntariosos pistoleiros, e eles logo descobrem que seu maior desafio é concentrar-se em sua perigosa missão - e em manterem-se vivos - atravessando um país arrasado pela guerra. Sem sombra de dúvida, o western mais ambicioso e influente já produzido, Três Homens Em Conflito é uma aventura audaciosa que mudou para sempre o futuro do gênero.





TRAILER



ELENCO E FICHA TÉCNICA
Elenco: Clint Eastwood,  Lee Van Cleef 
 Eli Wallach,  Luigi Pistilli
 Rada Rassimov,  Enzo Petito 
Direção: Sergio Leone
Roteiro: Luciano Vincenzoni (história e roteiro), 
Sergio Leone (história e roteiro), Agenore Incrocci (roteiro), Furio Scarpelli (roteiro)
Música: Ennio Morricone
Direção de fotografia: Tonino Delli Colli
Figurino: Carlo Simi
Edição: Eugenio Alabiso/Nino Baragli
Produção: Alberto Grimaldi
Gênero: Faroeste
Origem e Ano: Espanha/Itália - 1966